SEQÜELAS DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO

segunda-feira, 27 de outubro de 2008 Karine Winter


O acidente de trânsito é um problema grave em todo mundo. No Brasil, em 2004, ocorreu uma média de 308 acidentes por dia – aproximadamente 13 por hora – nas rodovias federais. Os acidentes de trânsito são a principal causa de mortes entre homens de 15 a 44 anos e a quinta causa entre mulheres da mesma faixa etária. Vitimando também crianças e idosos, os acidentes, além de produzirem vítimas fatais, deixam sequelas de graus variados entre os sobreviventes e os membros da família. 

Qual o custo social de uma criança que perde sua mãe e/ou seu pai num acidente? Qual o custo social de uma mulher ou de um homem com sequelas que irão afetar seu ajustamento pessoal, familiar e profissional, além dos custos com resgate, assistência hospitalar, reabilitação, perda de produção, gastos com a previdência, danos a terceiros, administração de seguros e suportes de agentes de trânsito? Quais seriam as sequelas invisíveis dos acidentes?

Os transtornos e sequelas, como por exemplo o estresse pó-traumático decorrente dos acidentes de trânsito são um problema de saúde pública. Por ano, são mais de 500 mil pessoas envolvidas diretamente em acidentes de trânsito só nas rodovias federais em nosso país. Além dos diretamente envolvidos há todo um grupo de pessoas indiretamente afetadas pelos acidentes, incluindo familiares, pessoal do resgate, profissionais da saúde. É preciso considerar que além dos custos econômicos há os custos sociais que são gerados pelos acidentes de trânsito. 

Como reverter esse quadro crítico que deixa marcas e cicatrizes permanentes em tantos brasileiros, todos os anos? Considerando que a maior parte dos acidentes, ou seja, praticamente 90% são causados pela imperícia, pela imprudência, pela falta de responsabilidade tanto de condutores quanto de pedestres ao circularem no trânsito, não fica difícil encontrarmos respostas para esta e para outras perguntas que insistentemente a mídia, os estudiosos e especialistas no assunto fazem freqüentemente.

A reversão do quadro depende quase que, exclusivamente, da mudança do comportamento humano, da modificação de nossas atitudes do dia a dia quando estamos dividindo um espaço público como o trânsito. Agir com maior responsabilidade e respeito é um fator de extrema importância e relevância. PENSE NISSO!

Autoria do Artigo: Karine Winter