segunda-feira, 15 de novembro de 2010 Karine Winter

O CESVI BRASIL realizou uma enquete, entre novembro e dezembro de 2009, sobre o uso do cinto de segurança, com o objetivo de investigar o conhecimento da legislação, a consciência de riscos e a prática adotada pelos brasileiros em relação ao uso do equipamento. O uso do cinto de segurança é imprescindível para a segurança dos ocupantes do veículo, pois reduz os riscos de fatalidades em acidentes de trânsito. De acordo com uma avaliação realizada pelo NHTSA (National Highway Transportation Safety Administration), dos Estados Unidos, o condutor que usa o cinto de segurança tem o índice de risco de fatalidade reduzido em 45%, em relação ao condutor que não usa. O CESVI BRASIL estima que, se houver um aumento de 10% na taxa de adesão ao uso do cinto de segurança, é possível reduzir 1.600 mortes por ano no País. A enquete realizada pelo centro de pesquisa ficou disponível na internet e foi respondida por 1.758 pessoas. Entre os destaques dos resultados obtidos:

BANCOS DA FRENTE DO VEÍCULO:
A enquete apontou que a maioria (98,7%) dos participantes entre homens e mulheres tem o conhecimento de que o uso do cinto de segurança é obrigatório nos bancos da frente do veículo. Assim como, 98,8% concordaram que não usar o cinto de segurança aumenta o risco de fatalidade de ferimentos em acidentes.  Entretanto, o risco de andar com alguém sem cinto no banco da frente é prática de quase 1/3 (31,7%) dos participantes, que declararam que regularmente, ou de vez em quando fazem isso. Essa prática insegura apresentou diferença entre os sexos e nas faixas etárias, sendo mais comum entre os homens (36,7%) do que as mulheres (26,2%), e na faixa etária de 18 a 24 anos (50,5%). Ademais, grande parte (70,9%), regularmente, ou de vez em quando colocam o automóvel em movimento sem que os passageiros de trás coloquem o cinto.


BANCO DE TRÁS DO VEÍCULO:
Em relação ao uso do cinto no banco de trás a enquete apresentou resultados diferentes, indicando a necessidade de esclarecimentos e fiscalização do uso do cinto nesses bancos. A consciência em relação aos riscos de não usar o cinto no banco de trás também foi alta (95,9%). Porém, ao serem perguntados se costumam usar o cinto na condição de passageiro no banco de trás, a adesão foi baixa, e 56,2% manifestaram que usam de vez em quando ou nunca; entre os sexos, a diferença da prática foi de 15%, sendo maior entre as mulheres (65,8%). Grande parte (70,9%) respondeu que, regularmente ou de vez em quando, colocam o automóvel em movimento sem que os passageiros de trás coloquem o cinto.O conhecimento da regra vigente de uso obrigatório, mesmo sendo alto (87%), foi abaixo dos resultados obtidos sobre o uso no banco da frente. Em algumas categorias pesquisadas, esse resultado foi ainda menor, indicando os que acham que o uso não é obrigatório, ou não conhecem a regra: quase 1 em cada 4 dos participantes na faixa etária de 18 a 24 anos, e 1 em cada 5 mulheres. São indicativos que apontam para uma necessidade de esclarecimento sobre a legislação de trânsito, direcionado principalmente para essa faixa de idade.
 
Os resultados também revelaram que apenas 26,8%, entre os participantes da enquete, declararam que foram parados por uma fiscalização de trânsito da polícia nos últimos seis meses. Em 2010, o CESVI BRASIL continua com o projeto de levantamento de informações no âmbito da segurança viária, e a próxima enquete será sobre motos, com previsão de lançamento no mês fevereiro.

Para visualizar a enquete na íntegra acesse AQUI